Contrato com a Copasa foi para salvar o rio, afirma ex-prefeito

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O ex-prefeito de Divinópolis Vladimir Azevedo (PSDB) prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (11) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), no que se diz ao cumprimento de responsabilidades legais ao município.

Em reunião realizada no plenário da Câmara de Vereadores e que durou aproximadamente uma hora e meia, Vladimir foi interrogado pela comissão a respeito de questões como contratos, obras das ETES (estações de tratamento de esgoto), cobranças de tarifas, valores e assuntos tratados com a concessionária de água e esgoto durante o seu governo, que durou entre 2009 e 2016.

Segundo ele, sua presença na oitiva foi uma oportunidade de esclarecer questões e mostrar transparência para os assuntos tratados.

Sobre a taxa de recolhimento de esgoto, Vladimir argumenta que a mesma é cobrada em todo o estado, não somente Divinópolis e diz que fica a cargo de setores responsáveis para investigar se os valores são justos.

Em algumas questões, Vladimir se omitiu das mesmas, dizendo que não obtinha conhecimento dos respectivos assuntos e em outras, justificando que já havia dado respostas, alegando perguntas redundantes.
“Eu já tinha respondido duas vezes a mesma questão. Então chega um vereador atrasado, quer fazer o mesmo questionamento, para gente responder de novo. Aí é mais fácil ouvir o áudio que já está colocado do que ficar repetindo a mesma pergunta três vezes”, completa.
O mesmo diz não ter sido notificado por irregularidades em relação ao abastecimento de esgoto e que não teve ciência da ausência de alvará ambiental da Copasa sobre o tratamento da água em 2013.

Sobre a atuação da Copasa em Divinópolis durante seus oito anos de mandato, Vladimir avaliou da seguinte forma.
“A Copasa está em Divinópolis desde 1972. O contrato foi renovado em 2002 para 2032. O que nós fizemos foi, a partir de um contrato que já existia, buscar uma solução para o tratamento do esgoto em Divinópolis, (são 25 mil metros cúbicos jogados todos os dias no Rio Itapecerica), para que a gente saia da poesia, do hino cantado, para efetivamente contribuir na ação de salvamento do rio. E isso foi construído”.
Roger Viegas (PROS), membro da comissão que integra a CPI, se mostrou insatisfeito com as respostas.
“A gente já esperava o senhor ex-prefeito vir com desculpas esfarrapadas, dizendo que apenas foi um supervisor de contrato. Colocou que o contrato foi montado por ambas as partes técnica, procuradoria da Prefeitura, tanto também da parte técnica da Copasa. Esse era o ponto chave nas perguntas da CPI: saber se o contrato foi feito na concessionária ou não. Ele disse que não, que foi feito pela Prefeitura, mas mostra que o documento era igual para todos os outros municípios, ou seja, o documento prova, (só que ele não quis falar), que o contrato foi elaborado pela Copasa e apenas assinado pelo município. Divinópolis sai perdendo, porque a Copasa é totalmente amparada neste contrato”, completa.
Sobre as perguntas, Roger não aprovou o comportamento do interrogado.
“Ele se colocou muito arrogante, não querendo responder a mesma pergunta feita por vereadores diferentes, mostrando que ele realmente estava mesmo com medo”, explica o vereador, que espera que a CPI seja finalizada até o fim do ano.
Marcelo Lopes

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

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